Num passado não tão longínquo,
eu cantava 1.000 cantigas para os Orixás, agora canto apenas 100. Mas desses
100 cânticos eu sei a interpretação, o significado, ou seja, a essência da
cantiga e o momento mais apropriado para ser entoada.
Não canto mais
absolutamente nada daquilo que não sei ou não tenho a mínima noção do que
esteja pronunciando, independente da fonte de origem da cantiga. O dito popular
entre o Povo de Santo: “Eu canto assim porque Pai ou Mãe Fulana cantava assim”
comigo não funciona; embora respeite quem compartilhe desse pensamento.
Sou convicto e assumido
que um dia habitei a “Terra dos Papagaios”, mas optei em não mais viver nessa “civilização
de pessoas que memoriza e repete o
que ouve ou lê, sem compreender o que diz.”, embora respeite quem
ainda permaneça nela, com seu imenso repertório de toadas, muito delas condenadas
à “Eterna Escuridão do Entendimento”.
Minha eterna gratidão
aos “meus mestres” que graciosamente retiraram as vendas dos meus olhos e assim,
permitindo dar os primeiros passos em direção ao saber e, ao mesmo tempo,
revelaram o colorido dessa vida religiosa que antes se apresentava em branco e
preto e sem as dimensões e contrastes. Dos primeiros passos até
hoje, a caminhada foi longa e não teria chegado onde cheguei se não
tivesse seres maravilhosos ao meu lado, indicando caminhos e lapidando o Ser
que ainda permanece nessa longa e difícil jornada do sacerdócio.
#ficaadica
#exijorespeito
Baba Guido Olo Ajaguna
0 comentários:
Postar um comentário