terça-feira, 15 de novembro de 2016

TERREIRO DE CANDOMBLÉ EM SOLO PRÓPRIO NÃO DESMERECE AQUELE QUE ESTA EM SOLO ALHEIO!


TERREIRO DE CANDOMBLÉ EM SOLO PRÓPRIO NÃO DEMERECE AQUELE QUE ESTA EM SOLO ALHEIO!

De certo que exista uma linha que separe um Terreiro estabelecido em casa própria daquele que se estabelece temporariamente em casa alugada.

Sabemos que em terras próprias podemos “acomodar” determinadas Divindades, Deidades e Entidades, que não se poderiam fazer presentes em terras alheias. Mas isso não implica no impedimento de realizar ritos de iniciação e consagração, pois se assim o fosse, muitos iniciados deveriam fazer a sua re-iniciação no Culto aos Òrìà.

Poderia aqui nessa postagem, citar nomes de Grandes Baba e Ìyálòrìà que começaram o seu Legado Religioso em casas de aluguel e se mudaram por várias vezes para outras casas ainda que alugadas, até seu Terreiro se estabelecer definitivamente em sua propriedade.

Mas não vejo essa necessidade de dar “nome aos bois”, pois muito dos meus leitores tem a mesma “idade de santo” que a minha pessoa e muitos aqui ainda são “meus mais velhos” e devem recordar perfeitamente daqueles que começaram a sua “Jornada Religiosa em Terra Alheia”.

Entretanto, é inadmissível ouvir de um Baba ou Ìyá, assim como de seus descendentes, que num passado principiou suas atividades em solo alheio dizer: “Quem não tem casa própria, não pode ser Pai ou Mãe de Santo, não pode abrir Casa de Santo”. Aquele ou aquela que assim diz, esta se referindo a si próprio de que maneira? Para que tamanha hipocrisia? Qual a finalidade de querer esconder esse passado?

Em uma colocação mui particular, acredito que a frase mais adequada seria a seguinte: “No passado eu tinha Terreiro de Candomblé em casa de aluguel, mas lhe aconselho abrir a sua Casa de Santo em terreno próprio pelos seguintes motivos...”.

Mas infelizmente em nossas vidas “Temos histórias para contar e histórias para esconder”, até mesmo em nossa vida religiosa.


Baba Guido Olo Ajaguna

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