TERREIRO DE CANDOMBLÉ EM SOLO PRÓPRIO NÃO DEMERECE
AQUELE QUE ESTA EM SOLO ALHEIO!
De certo que exista uma
linha que separe um Terreiro estabelecido em casa própria daquele que se
estabelece temporariamente em casa alugada.
Sabemos que em terras
próprias podemos “acomodar” determinadas Divindades, Deidades e Entidades, que
não se poderiam fazer presentes em terras alheias. Mas isso não implica no
impedimento de realizar ritos de iniciação e consagração, pois se assim o
fosse, muitos iniciados deveriam fazer a sua re-iniciação no Culto aos Òrìṣà.
Poderia aqui nessa
postagem, citar nomes de Grandes Baba e Ìyálòrìṣà
que começaram o seu Legado Religioso em casas de aluguel e se mudaram por
várias vezes para outras casas ainda que alugadas, até seu Terreiro se estabelecer
definitivamente em sua propriedade.
Mas não vejo essa
necessidade de dar “nome aos bois”, pois muito dos meus leitores tem a mesma “idade
de santo” que a minha pessoa e muitos aqui ainda são “meus mais velhos” e devem
recordar perfeitamente daqueles que começaram a sua “Jornada Religiosa em Terra
Alheia”.
Entretanto, é inadmissível
ouvir de um Baba ou Ìyá, assim como de seus descendentes, que num passado
principiou suas atividades em solo alheio dizer: “Quem não tem casa própria,
não pode ser Pai ou Mãe de Santo, não pode abrir Casa de Santo”. Aquele ou
aquela que assim diz, esta se referindo a si próprio de que maneira? Para que tamanha
hipocrisia? Qual a finalidade de querer esconder esse passado?
Em uma colocação mui
particular, acredito que a frase mais adequada seria a seguinte: “No passado eu
tinha Terreiro de Candomblé em casa de aluguel, mas lhe aconselho abrir a sua
Casa de Santo em terreno próprio pelos seguintes motivos...”.
Mas infelizmente em
nossas vidas “Temos histórias para contar e histórias para esconder”, até mesmo
em nossa vida religiosa.
Baba Guido Olo Ajaguna
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