“O fofocar pode desfocar, porque tira o nosso foco, nos mantém
fora das atenções principais da vida”. Faz de aquele momento querer o mal de
nossos semelhantes. Quantas coisas na vida foram desfeitas por “palavras
venenosas” que trouxeram discórdia e semearam o ódio?
Realmente o “fofocar” existe em todas as esferas da sociedade, muitas
vezes maculando e manchando os caminhos por onde passa.
Em minha jornada religiosa tenho me deparado com situações e
momentos em que o assunto de certas reuniões nada mais nada menos era falar da
vida alheia, ou seja, “fazer fofocas”.
Em simples resumo, podemos definir que o “hábito do mexerico”,
muitas vezes nasce do sentimento de injustiça de um determinado individuo, quando
surge a inveja do sucesso e crescimento do outro, e segundo sua própria concepção,
o mesmo deveria estar desfrutando daquela alegria. Quando alguém está feliz e o
outro infeliz, a frustração não demora vir a tona; não se contendo, começa a
“detonar” com o outro. Quando a alegria do outro está incomodando, começa a
busca pelos defeitos, imperfeições e com certeza uma das coisas mais tristes, o
alegrar com a queda do outro e se entristecer com suas vitórias.
Um dito popular diz: “Toda ausência é atrevida”. A ausência é amiga da fofoca e
quando o outro não está para se defender é muito fácil dizer o que bem entender.
Tem coisa mais feia do que falar pelas costas coisas negativas,
denegrir a imagem do outro?
Em uma colocação muito particular, esse é pior de todos os males,
quando matamos a honra, a moral e os princípios da pessoa ausente, sem lhe dar
mínima possibilidade de defesa e direito de resposta.
Quem crê no Deus Supremo e no Sagrado, sabe muito bem no “poder da palavra” e que
nossa língua foi feita para proferir boas palavras, construir, edificar e não
ao contrário.
Temos que nos conscientizar em nos manter afastado dos lábios
mentirosos e difamadores não darem ouvidos a palavras que desmoralizam o próximo,
não alimentar conversas maliciosas, não propagar “contos da vida alheia”, dos
quais dizem respeito somente aos mesmos.
Certa vez uma senhora muito religiosa me disse: que quando nos
reunimos para falar da vida alheia, uma energia muito ruim começa a se formar
ao nosso redor e essa energia acaba por se plasmar em nosso interior e até
mesmo nos batentes das portas, telhados e paredes de onde estamos presentes. Superstição ou não, acredito nisso até os tempos de hoje.
Falar da vida alheia é uma grande perda de tempo, mas parece que tem muita
gente que se esquece de sua vida e se importa em gastar seu precioso tempo se interessando
na vida dos outros.
Pense nisso, quando for abrir sua boca: Imagine se suas palavras irão “construir
ou destruir?”, “edificar ou derrubar?”, “gerar vida ou morte?”.
Se não valer a pena o que vai dizer, o melhor é ficar em silêncio,
se não tiver palavras boas não profira palavras más. Retire-se e faça uma prece
a Deus, as Divindades, as Deidades, as Entidades, aos Santos ou aos Encantados.
Baba Guido Olo Ajaguna
0 comentários:
Postar um comentário