quarta-feira, 22 de junho de 2016

O DOM DO SACERDÓCIO E O TALENTO DO SACERDOTE




OS DOIS LADOS DE UMA ÚNICA MOEDA


Em meu discernimento, entendo que há semelhanças e diferenças entre dons e talentos. Os dois são dádivas divinas. Os dois crescem em efetividade com o exercício do sacerdócio. Ambos são para ser usados a favor de outras pessoas e não para propósitos egoístas. No entanto, dom e talento diferem em “para quem são dados e quando são”. Embora muitos saibam o seu significado, não conseguem exprimir em palavras a diferença entre um e outro. Apesar de para muitas pessoas parecer ter o mesmo significado, as palavras dom e talento, possuem definições distintas. Nesse new post, trataremos o dom e o talento dentro da espiritualidade.

O DOM

Porque algumas pessoas conseguem atingir sucesso ou serem boas em alguma coisa, sem precisar de muito esforço? É exatamente isso que nós chamamos de dom. Uma característica inata de realizar algo de forma simples. Dons são habilidades específicas que já nascem com um determinado indivíduo. Trata-se de capacidades especiais que uma pessoa possui de executar ou aprender, com destreza e maestria, determinadas atividades que outras não têm.

O dom espiritual é uma dádiva, um presente, um mérito, uma capacidade especial inata, habilidades específicas que já nascem com um determinado indivíduo. Trata-se de capacidades especiais que uma pessoa possui de executar ou aprender, com destreza e maestria, determinadas atividades que outras não têm. Esse dom é outorgado por Olódùmarè a uma pessoa de forma gratuita, em potencial para desempenhar com alguma facilidade determinadas tarefas que seriam complexas para a maioria de outras pessoas. O Sacerdote é o "representante do sagrado", uma “autoridade religiosa”, uma pessoa habilitada para presidir ritos e cerimônias.

Com isso, todos os sacerdotes devem ser ativos em fazer a sua parte na propagação de sua religião. Todos são chamados e equipados para serem envolvidos no "desempenho do seu dom". Todos são dotados para que possa contribuir à causa de seus ancestrais e mostrar gratidão por tudo o que eles tenham feito para manter a religião viva. Ao fazerem isso, também acharão satisfação na vida através de sua “jornada religiosa”. O que se espera receber dos dons espirituais é que a religião possa crescer, assim como ser fortificada e de certa forma unificada.

 “um dom não é condição suficiente para caracterizar um gênio. Qualquer indivíduo pode ter um dom. Já um gênio tem, sim, um dom. Mas na genialidade há algo que a ciência ainda não explica”.

O TALENTO

A palavra talento, apesar de muitos confundirem com dom, significa uma inteligência brilhante, uma qualidade superior, uma disposição natural a algo. Como já dito, enquanto o dom é uma capacidade inata, o talento é uma habilidade, uma aptidão, um gosto, uma predisposição espontânea a algo que pode ser desenvolvido e aperfeiçoado. Mesmo que exista algum componente genético, qualquer talento depende de três ações básicas fundamentais para que seja aprimorado com excelência e dessa forma atingir sua plenitude, ou seja, o talento depende de treinamento contínuo disciplina e perseverança.

Uma pessoa, independente de sua crença religiosa, recebe talento natural como resultado de uma combinação da genética, por exemplo, alguns têm a habilidade natural para música, pois cresceu em uma família de músicos e esse fator vai ajudar o desenvolvimento de seu talento musical, ou simplesmente porque Deus quis favorecer certas pessoas com certos talentos. O que freqüentemente acontece é que uma pessoa pode perfeitamente desenvolver seus talentos e depois direcioná-los a sua profissão ou hobby de acordo com esses talentos e seus interesses.

Diversas pessoas, e você com certeza também deve conhecer algumas, que possuem dons espirituais, mas não os desenvolvem, não os lapidam, não se interessam ou mesmo não se empenham para desenvolver esta habilidade. E aí então, eu te pergunto, do que adianta um dom, se você não o maximiza? Uma pessoa pode ter dom para falar, para aprender, para ouvir, para ensinar ou mesmo para realizar qualquer coisa que desejar, mas se não se dedicar em desenvolver estas facilidades, dificilmente atingirá grandes resultados. E a chave de tudo isso se chama motivação. Reflita agora em quantos indivíduos você já conheceu que tinham um grande dom para ensinar, por exemplo, mas acabaram seguindo um caminho completamente diferente do “saber”? A resposta é muito simples, porque mesmo apesar de ter um dom especial, não souberam ou não quiseram aproveitá-lo de maneira adequada. Não se sentiram motivados a usar uma capacidade grandiosa para algo maior que gerasse conquistas e benefícios fantásticos.

Todos nós crescemos com características próprias e específicas, sejam hereditárias ou acumuladas e aprendidas ao longo do tempo. E é exatamente a junção destas aptidões que formam a nossa personalidade e nos abrem caminhos para compreendermos nossa própria vocação, aquilo que podemos fazer com qualidade e louvor. Aquilo que pode potencializar nossos dons e talentos capazes de nos trazer resultados extraordinários seja no contexto pessoal, profissional e mesmo religioso. E como ficam aqueles que têm dom, mas não têm talento? Estes são um desperdício, nasceram com algo especial, mas não foram lapidados como deveriam, sem mencionar os que são “desligados”, aqueles que, mesmo terem tido boas chances, não se esforçaram para se desenvolver. Deles é que se diz: “Deus dá asas para quem não quer voar”.

Ifá nos ensina que os dons espirituais são dados por Orunmila e outorgados por Olódùmarè para beneficiar outras pessoas e não a nós mesmos; dá-se a entender que talentos, também devem ser usados para esse propósito. “Os dons espirituais se focalizam apenas para fins religiosos, enquanto que, os talentos podem ser usados para objetivos completamente não espirituais”.

Se fizer sentido, convido você a compartilhar este conhecimento!

Baba Guido Olo Ajaguna.


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