OS DOIS LADOS
DE UMA ÚNICA MOEDA
Em meu
discernimento, entendo que há semelhanças e diferenças entre dons e talentos.
Os dois são dádivas divinas. Os dois crescem em efetividade com o exercício do
sacerdócio. Ambos são para ser usados a favor de outras pessoas e não para
propósitos egoístas. No entanto, dom e talento diferem em “para quem são dados
e quando são”. Embora
muitos saibam o seu significado, não conseguem exprimir em palavras a diferença
entre um e outro. Apesar de para muitas pessoas parecer ter o mesmo
significado, as palavras dom e talento, possuem definições distintas. Nesse new post, trataremos o dom e o talento
dentro da espiritualidade.
O DOM
Porque algumas pessoas
conseguem atingir sucesso ou serem boas em alguma coisa, sem precisar de muito
esforço? É exatamente isso que nós chamamos de dom. Uma característica inata de
realizar algo de forma simples. Dons são habilidades específicas que já nascem
com um determinado indivíduo. Trata-se de capacidades especiais que uma pessoa
possui de executar ou aprender, com destreza e maestria, determinadas
atividades que outras não têm.
O dom espiritual é uma
dádiva, um presente, um mérito, uma capacidade especial inata, habilidades
específicas que já nascem com um determinado indivíduo. Trata-se de capacidades
especiais que uma pessoa possui de executar ou aprender, com destreza e
maestria, determinadas atividades que outras não têm. Esse dom é outorgado por Olódùmarè a uma pessoa de forma
gratuita, em potencial para desempenhar com alguma facilidade determinadas
tarefas que seriam complexas para a maioria de outras pessoas. O Sacerdote é o
"representante do sagrado", uma “autoridade religiosa”, uma pessoa
habilitada para presidir ritos e cerimônias.
Com isso, todos os sacerdotes devem ser ativos em fazer a
sua parte na propagação de sua religião. Todos são chamados e equipados para
serem envolvidos no "desempenho do seu dom". Todos são dotados para
que possa contribuir à causa de seus ancestrais e mostrar gratidão por tudo o
que eles tenham feito para manter a religião viva. Ao fazerem isso, também
acharão satisfação na vida através de sua “jornada religiosa”. O que se espera
receber dos dons espirituais é que a religião possa crescer, assim como ser
fortificada e de certa forma unificada.
“um dom não é condição
suficiente para caracterizar um gênio. Qualquer indivíduo pode ter um dom. Já
um gênio tem, sim, um dom. Mas na genialidade há algo que a ciência ainda não
explica”.
O TALENTO
A palavra talento, apesar
de muitos confundirem com dom, significa uma inteligência brilhante, uma
qualidade superior, uma disposição natural a algo. Como já dito, enquanto o dom
é uma capacidade inata, o talento é uma habilidade, uma aptidão, um gosto, uma
predisposição espontânea a algo que pode ser desenvolvido e aperfeiçoado. Mesmo
que exista algum componente genético, qualquer talento depende de três ações básicas
fundamentais para que seja aprimorado com excelência e dessa forma atingir sua
plenitude, ou seja, o talento depende de treinamento contínuo disciplina e
perseverança.
Uma
pessoa, independente de sua crença religiosa, recebe talento natural como
resultado de uma combinação da genética, por exemplo, alguns têm a habilidade
natural para música, pois cresceu em uma família de músicos e esse fator vai
ajudar o desenvolvimento de seu talento musical, ou simplesmente porque Deus
quis favorecer certas pessoas com certos talentos. O que freqüentemente
acontece é que uma pessoa pode perfeitamente desenvolver seus talentos e depois
direcioná-los a sua profissão ou hobby de acordo com esses talentos e seus
interesses.
Diversas pessoas, e você
com certeza também deve conhecer algumas, que possuem dons espirituais, mas não
os desenvolvem, não os lapidam, não se interessam ou mesmo não se empenham para
desenvolver esta habilidade. E aí então, eu te pergunto, do que adianta um dom,
se você não o maximiza? Uma pessoa pode ter dom para falar, para aprender, para
ouvir, para ensinar ou mesmo para realizar qualquer coisa que desejar, mas se
não se dedicar em desenvolver estas facilidades, dificilmente atingirá grandes
resultados. E a chave de tudo isso se chama motivação. Reflita agora em quantos
indivíduos você já conheceu que tinham um grande dom para ensinar, por exemplo,
mas acabaram seguindo um caminho completamente diferente do “saber”? A resposta
é muito simples, porque mesmo apesar de ter um dom especial, não souberam ou
não quiseram aproveitá-lo de maneira adequada. Não se sentiram motivados a usar
uma capacidade grandiosa para algo maior que gerasse conquistas e benefícios
fantásticos.
Todos nós crescemos com
características próprias e específicas, sejam hereditárias ou acumuladas e
aprendidas ao longo do tempo. E é exatamente a junção destas aptidões que
formam a nossa personalidade e nos abrem caminhos para compreendermos nossa
própria vocação, aquilo que podemos fazer com qualidade e louvor. Aquilo que
pode potencializar nossos dons e talentos capazes de nos trazer resultados
extraordinários seja no contexto pessoal, profissional e mesmo religioso. E
como ficam aqueles que têm dom, mas não têm talento? Estes são um desperdício,
nasceram com algo especial, mas não foram lapidados como deveriam, sem
mencionar os que são “desligados”, aqueles que, mesmo terem tido boas chances,
não se esforçaram para se desenvolver. Deles é que se diz: “Deus dá asas para
quem não quer voar”.
Ifá nos ensina que os dons espirituais são dados
por Orunmila e outorgados por Olódùmarè para beneficiar outras pessoas
e não a nós mesmos; dá-se a entender que talentos, também devem ser usados para
esse propósito. “Os dons espirituais se
focalizam apenas para fins religiosos, enquanto que, os talentos podem ser
usados para objetivos completamente não espirituais”.
Se fizer sentido, convido
você a compartilhar este conhecimento!
Baba Guido Olo Ajaguna.
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