“Entendo
que se a Fé em algo é inabalável e a intenção é boa, algumas coisas são
relevantes,
mas não deixam de ter a sua real importância”
Um religioso de grande
devoção e versado no Culto aos Orixás, certa vez cruzava um rio com seu barco,
quando ao passar por uma pequena ilha, ouviu a voz de um homem que muito desajeitado
tenta exaltar as suas rezas as Divindades das Águas.
Em seu interior não
pode por menos que entristecer o religioso. Como era possível que alguém fosse
capaz de entoar tão más aquelas rezas?
Talvez aquele homem,
ignorava que as rezas deveriam ser recitadas com a entoação adequada, o ritmo e
a musicalidade precisa e com perfeita pronuncia.
Decidiu então ser
generoso e desviando de seu curso, decidiu atracar o barco nessa ilhota, a fim
de instruir aquele pobre homem sobre a importância da correta execução das
rezas.
Não em vão, o religioso
se considerava um grande especialista nas rezas para as Divindades das Águas e
aquelas rezas não tinha para ele nenhum segredo.
Quando da chegada,
notou que se tratava de um homem maltrapilho de aparência muito tranquila. O
religioso, com serena paciência, dedicou algumas horas e instruí-lo
minuciosamente aquele indivíduo que a cada momento mostrava efusivas formas de
agradecimento ao seu improvisado benfeitor. Mas nunca deixava de mencionar ao
religioso “que sempre acreditou e tinha fé na maneira que sempre rezou em toda
a sua vida”.
Quando entendeu que por
fim que aquele sujeito seria capaz de recitar as rezas com certa solvência se
despediu dele, não antes lhe advertir:
“Se lembre muito bem
disso meu amigo: o poder dessas rezas em seu correto encantamento permite que
um Ser Humano seja capaz de andar sobre as águas” Entretanto eu nunca consegui! indagou o religioso.
Entretanto, havia
percorrido apenas alguns metros com seu barco, quando ouviu a voz daquele homem
recitar as reza de maneira pior do que antes. “Que desperdício de
tempo” disse a si mesmo; há pessoas que são incapazes de aprender nada de nada.
“É religioso! você
realmente estava certo” disse o pobre homem. O religioso ao ouvir as palavras deste,
voltou-se para trás e viu aquele pobre homem “caminhando sobre as águas”.
Baba Guido Olo Ajaguna
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