"Uma Luz nas Trevas"
Em nossa sociedade moderna, o doente toxicômano é frequentemente visto em várias esferas religiosas e dentro de nossa religião não é diferente. Muitos são aqueles que adentraram nosso culto com o intuito de sanar sua patologia; alguns procuram a religião como um tratamento alternativo, baseado em uma aliança entre a nossa medicina tradicional a medicinal moderno, ou seja tratamento clínico e obviamente outros não reconhece sua enfermidade psíquica, somente procurando ajuda quando ultrapassar com estrépido a barreira do senso ou da realidade comum. O Tradicionalismo reza que o “senso da vida” está estreitamente ligado à noção de sagrado na medida em que neste contém valores mais profundos da existência como a vida e a morte. Muito tem se discutido sobre a questão da Matéria, Espírito e Espiritualidade constituírem um todo, então, refletir sobre o “senso e a realidade” é refletir sobre a Vida.
Em nossa sociedade moderna, o doente toxicômano é frequentemente visto em várias esferas religiosas e dentro de nossa religião não é diferente. Muitos são aqueles que adentraram nosso culto com o intuito de sanar sua patologia; alguns procuram a religião como um tratamento alternativo, baseado em uma aliança entre a nossa medicina tradicional a medicinal moderno, ou seja tratamento clínico e obviamente outros não reconhece sua enfermidade psíquica, somente procurando ajuda quando ultrapassar com estrépido a barreira do senso ou da realidade comum. O Tradicionalismo reza que o “senso da vida” está estreitamente ligado à noção de sagrado na medida em que neste contém valores mais profundos da existência como a vida e a morte. Muito tem se discutido sobre a questão da Matéria, Espírito e Espiritualidade constituírem um todo, então, refletir sobre o “senso e a realidade” é refletir sobre a Vida.
O
toxicômano teria perdido ou poderá vir a perder a noção do
sagrado?
Sabemos que a
religiosidade e a espiritualidade vêm sendo claramente identificadas
como fatores protetores ao consumo de drogas em diversos níveis.
Estudos
têm apontado para evidência de que as pessoas que frequentam
regularmente um culto religioso, ou que dão relevante importância à
sua crença religiosa, ou ainda que praticam, no cotidiano, as
propostas da religião professada, apresentam menores índices de
consumo de drogas lícitas e ilícitas. Além disso, os dependentes
de drogas apresentam melhores índices de recuperação quando seu
tratamento é permeado por uma abordagem espiritual, de qualquer
origem, quando comparados a dependentes que são tratados
exclusivamente por meio médico.
Desde
a antiguidade, os grandes sacerdotes estimulavam um importante
“ponto” de nosso cérebro: a Glândula Pineal, que acreditasse
desempenhar um importante papel na espiritualidade do Homem e
funciona como um elo de ligação entre o corpo e o espírito, em
resumo neste ponto reside a “consciência espiritual” do Homem
refletida através do corpo físico. Para um melhor entendimento
sobre esta polêmica questão, desmembro o assunto em dois níveis: o
Mundo Científico e o Mundo Religioso.
No
Mundo Científico.
A
Glândula Pineal ou epífise neural, apesar das funções
fisiológicas desta glândula serem muito discutidas, parece não
haver dúvidas quanto ao importante papel que ela exerce na regulação
dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais
(principalmente o sono) e no controle das atividades sexuais e de
reprodução. Há algumas décadas, acreditava-se que a Glândula
Pineal fosse um órgão vestigial, assim como o apêndice vermiforme
em humanos, sem função atual. No entanto, mesmo órgãos vestigiais
podem apresentar alguma função, ocasionalmente diferente da função
do órgão do qual se originou. Na Universidade de Yale descobriram
que a melatonina está presente em altas concentrações na pineal. A
melatonina é um hormônio derivado do aminoácido triptofano, que
tem outras funções no sistema nervoso central. A produção de
melatonina pela pineal é estimulada pela escuridão e inibida pela
luz. O Jornal FASEB
publicação oficial do
Federation of American Societies for Experimental Biology, publicou
experimentos que a Glândula Pineal podem influenciar a ação de
drogas de abuso como a cocaína e antidepressivos e pode também
contribuir na regulação da vulnerabilidade neuronal a lesões.
No
Mundo Religioso.
Dentro
do contexto religioso Iorubá, essa glândula esta ligada ao Orí
Inú
“a cabeça interior” e Ọ̀rúnmìlà,
ou seja, ao Saber Divino. Nela está contida a essência da
personalidade, o verdadeiro caráter, o Espírito do Homem que emana
diretamente do Deus Criador – Olódùmarè.
Orí
Inú
é o Ser Interior ou o Ser Espiritual do Homem e é imortal. O Corpo
Literário de Ifá, mais precisamente no Ọmọ
Odù Ogbè Ogúndà,
nos revela que Orí
Inú
tem a supremacia sobre o Orí
Òde
“a cabeça física”. Isto sugere, portanto, o domínio do
Espirito sobre a Matéria, que o sucesso ou fracasso do Ser exterior
depende essencialmente da natureza dinâmica do interior do Homem e
atua como fusão entre nosso consciente e inconsciente. Sendo a parte
mais importante do corpo, tem prioridade sobre os ritos litúrgicos,
sobre tudo os ritos iniciáticos e constantemente “fortalecido”
através da transmissão de àṣẹ,
durante os ritos de Iborí
que visa restaurar o equilíbrio e a harmônia entre as duas partes.
Na
concepção de outras crenças.
“Os
Hindus
a conhecem como Shakra
Agna,
“o chacra do terceiro olho” o principal órgão do corpo,
possuidor de dois chacras ou centros de energia responsáveis pelo
desenvolvimento extra físico, como receptores e transmissores de
energia vital.”
“A
glândula pineal tem sido considerada – desde René Descartes
em meados do século XVII, que afirmava que nela se situava a alma
humana - um órgão com funções transcendentes. Além de Descartes,
um escritor inglês com o pseudônimo de Lobsang Rampa, entre
outros, dedicaram-se ao estudo deste órgão. Com a forma de pinha
(ou de grão), é considerada por estas correntes religioso
filosóficas como um terceiro olho devido à sua semelhança
estrutural com o órgão visual. Localizada no centro geográfico do
cérebro, seria um órgão atrofiado em mutação com relação em
nossos ancestrais.”
“Os
defensores destas capacidades transcendentais deste órgão,
consideram-no como uma antena. A glândula pineal tem na sua
constituição cristais de apatia. Segundo esta teoria, estes
cristais vibram conforme as ondas eletromagnéticas que captassem, o
que explicaria a regulação do ciclo menstrual conforme as fases da
lua, ou a orientação de uma andorinha em suas migrações. No ser
humano, seria capaz de interagir com outras áreas do cérebro como o
córtex cerebral, por exemplo, que seria capaz de decodificar essas
informações. Já nos outros animais, essa interação seria menos
desenvolvida. Esta teoria
pretende explicar fenômenos paranormais como a clarividência, a
telepatia e a mediunidade."
“A
Doutrina Espírita dedica-se à formulação destas
explicações desde Allan Kardec em meados do século
XIX. Na obra Espírita Missionários da Luz, ditada pelo
espírito de André Luiz, através da psicografia do médium
Francisco Cândido Xavier, a epífise neural é descrita como a
glândula da vida espiritual e mental. Para a Doutrina Espirita, este
órgão de elevada expressão no corpo etéreo. Preside os fenômenos
nervosos da emotividade, devido a sua ascendência sobre todo o
sistema endócrino, e desempenha papel fundamental no campo sexual.
Na mesma obra, André Luiz descreve ainda que a epífise está ligada
à mente espiritual através de princípios eletromagnéticos do
campo vital, que a ciência formal ainda não pode identificar,
comandando as forças subconscientes sob a determinação direta da
vontade. Na atualidade, o assunto é estudado pelo especialista Dr.
Sérgio Felipe de Oliveira. Segundo ele, a pineal seria capaz de
gerar forças psíquicas a todos os armazéns autônomos do órgão.”
Apesar
de alegações de diversas correntes de que a pineal seria uma
"antena" por onde a Alma transmitiria os pensamentos para o
cérebro, a extração completa da glândula por cirurgia, realizada
em casos de tumores benignos ou malignos, não leva à morte ou
qualquer alteração na capacidade de pensamento.
Entendo
que aqueles que iniciam e se consagram dentro de nossa religião,
passam a ter duas vidas: a religiosa e a profana. Certo de que a
primeira influência por demais sobre a segunda... Se analisarmos
atentamente o texto acima descrito, poderia perfeitamente concluir
que as drogas afastam os adeptos da verdadeira essência do
sagrado... Vários são os sacerdotes, principalmente os Babalawó
afirmam categoricamente, que o consumo de drogas “enfraquece o
poder” recebido durante os ritos litúrgicos; dificulta a
comunicação entre os dois planos de existências ọ̀run
– àiyé “o invisível e o visível” “o
espiritual e o material”. O mais grave de tudo, que a droga implica
profundamente no Ìwà Pẹ́lẹ̀
– O Caráter do Homem, de suma importância no ciclo de
vida de um indivíduo religioso.
Baba
Guido Olo Ajagùnà
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