Wárin
Warifun Ṣaṣara
Ile wò Olorinjena wò Wárin Warifun Ṣaṣara Ile wò
Olorinjena wò
“Homenagear
um Rei Superior, o Ṣaṣara
na casa cuida de um doente e previne as enfermidades Senhor
de Ijena a cidade mítica de Ṣopọnnà”
O
emblema ritualístico mais importante do Culto à Ọbalùàiyé
é denominado de Ṣaṣara
ọwọ.
Trata-se de um atado de nervuras de folhas da palmeira; revestidos de
tecidos e palha da costa; ornamentados com uma grande quantidade de
búzios, ostentando opulência e as mais diversas contas; onde dentro
deste acomoda-se um de seus maiores enigmas, o segredo da vida e da
morte, a cura ou a proliferação das doenças, sobretudo as que
alteram a temperatura corporal do enfermo.
Os
feixes dentro do corpo do Ṣaṣara
representam
coletivamente os ancestrais, os mortos contidos na terra. Devem ser
confeccionados sob os cuidados do Sumo Sacerdote do culto, denominado
de Asogba,
pois ele está altamente qualificado e preparado para manipular
representações tão poderosas.
Tem
a finalidade de controlar os Espíritos da Terra para o seu espaço
sagrado, eliminar as energias negativas da comunidade, sobretudo as
doenças, proporcionando a longevidade. Nele esta o segredo da vida e
da morte, a cura ou a proliferação das doenças, sobretudo as que
alteram a temperatura corporal do enfermo. Quando as doenças são
liberadas do, este tem como desígnios divinos ou punição de uma
comunidade no intuito de uma renovação de vida.
Em
algumas linhagens o Ṣaṣara
de Ọmọlu
se diferencia ao
utilizado por Ọbalùàiyé
do qual contém um
detalhe a mais, a ponta de uma lança em sua extremidade e suas cores
são características, o preto e o branco.
O
Ṣaṣara
que
não tenha sido preparado adequadamente, através das cerimônias de
consagração, não passa de um simples ornamento e longe de ser um
“objeto sagrado”. Podemos claramente observar belíssimas obras
de artes, nas mais variadas Casas de Artigos Religiosos. Exemplares
esplendidos por fora, porém “ocos de sagrado” por dentro.
Baba Guido Olo Ajaguna
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