Um
breve resumo sobre O PANO DA COSTA
O
pano
da costa era
parte integrante e exclusivo do vestuário feminino das baianas
características
das ruas de Salvador
no
Século XIX.
O termo “era” se faz necessário, pelo simples motivo de na
atualidade o “pano da costa” estar sendo utilizado por pessoas do
sexo masculino. Seu nome deriva de sua origem remota a Costa do
Marfim, na África ou por ser usado nas costas e ombros. Sua
principal função, seria a de distinguir o posicionamento feminino
nas comunidades afro-brasileiras de acordo com o seu uso, ou seja,
quando usado no ombro esquerdo identifica as Ìyálòrìsà
(Suma
Sacerdotisa)
e Oloyè
(Corpo
Sacerdotal)
ou nas costas enrolados na altura do peito, quando no status de ègbón
(mais
velhas)
e ìyáwò
(noviças).
Outro função do pano da costa é o de proteger os seios, o umbigo e
os órgãos reprodutores, aquilo que de mais sagrado possui a mulher.
Ao mencionar “parte integrante do vestuário feminino”, me refiro
ao fato do pano da costa fazer parte da “roupa da conta” ou
“roupa de ração” popularmente conhecido; seria uma espécie de
“uniforme” dentro do Terreiro de Candomblé”. Geralmente
retangular, o pano da costa é bicolor, estampado, listrado ou
xadrez, do qual se destaca com a brancura da “camisa de crioula”
ou “camisu”. Em muitos Terreiros Tradicionais da Bahia o uso do
pano da costa, é de uso exclusivo das baianas e não fazem parte da
vestimenta dos mais diversos Orixás Femininos, ou seja, o pano da
costa tradicional é substituído pelo Bànté
– um tipo de avental.
Baba
Guido Olo Ajaguna
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